VISITA DA ORQUESTRA GUARANI À ESCOLA DANIEL BERG, EM COMEMORAÇÃO À SEMANA DO ÍNDIO

Os alunos e servidores da Escola Daniel Berg foram presenteados na noite de quinta-feira, dia 18, com a visita do grupo “Orquestra Guarani”, composto por alunos indígenas do Ensino Fundamental e Ensino Médio da cidade de Caarapó e integrantes da Aldeia Tey Kuê de Caarapó. O grupo de músicos, que é liderado pelo professor de violão Alex Júnior, e já apresentou seu trabalho em algumas cidades de diferentes Estados do Brasil, é resultado de um projeto educativo que acontece na aldeia desde 2006,  que engloba outras atividades como xadrez, dança de rua, etc, e apresenta muitos resultados positivos, segundo relato do grupo.

O convite partiu dos acadêmicos do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal da Grande Dourados/UFGD, Pedro Rocha, Josilene de Souza Figueiredo e Rafael Roger, orientados pelo professor Walter Roberto Marchner, da Faculdade de Ciências Humanas da UFGD, que cumprem seu estágio na escola Daniel Berg por meio das aulas do Professor de Filosofia do Ensino Médio, Arlei  Menguer de Castilhos. Outros três acadêmicos do Curso de Ciências Sociais/UFGD participaram da programação: Roselaine, Patrícia e Sônia. Além do Professor Walter que apresentou os visitantes e conversou com os alunos sobre as atividades do grupo, registrou-se ainda a presença do Vereador indígena Dário Ramires.

A programação, que se estendeu por todo o período das aulas, foi bastante aproveitada pelos alunos, professores, direção e coordenação da escola e demais servidores, tanto pela qualidade da boa música produzida pelos jovens indígenas, que demonstravam bastante entusiasmo ao interpretar dez canções ao violão, de temas diversos,  quanto pelo relato do professor Alex, que ao detalhar a trajetória de tal projeto, evidenciou os excelentes resultados enquanto complemento no processo educativo na aldeia dos Kaiowás em Caarapó.

O momento foi enriquecido ainda por uma belíssima exposição de fotografias produzidas na aldeia e a apresentação, em telão, do filme “À Sombra de um Delírio Verde” o qual foi tema para debate mediado pela estagiária indígena Roselaine, e que envolveu os alunos e demais presentes nas discussões, especialmente acerca da questão da produção desenfreada da cana de açúcar em terras indígenas, plantada por multinacionais direcionadas à produção do etanol, considerado pelos governantes então, como o “combustível limpo e ecologicamente correto”, processo que tem acarretado problemas de desalojamento e doenças entre os indígenas além de envolvê-los com trabalho em condições desumanas e de exploração infantil.

Outros momentos que mereceram destaque foram os de interação dos jovens indígenas com os alunos enquanto saborearam uma deliciosa refeição oferecida pela escola e aproveitaram para conversar, fotografar e trocar endereços.

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